terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Cristo é perseguido e morto




Quem ouve esta notícia pensa consigo que isto ocorreu há muitos anos, ou então como pensam alguns, esta “lenda de Jesus” que um dia alguém contou e passou de geração em geração.

Mas esta notícia aconteceu sim, mas continua a acontecer, e hoje, neste exato minuto em que escrevo, quantas vezes Jesus está a ser perseguido e morto…

Este Jesus que morre ali diante de um cristão que é perseguido e morto pela fé em tantos países.

Quantos cristãos estão agora a serem mortos ou sujeitos à prisão só pelo facto de terem fé em Jesus.

Quantas crianças são raptadas e separadas das suas famílias, escravizadas por serem cristãs…

Os dados de perseguição superam e vão para além do suportável neste mundo dito civilizado e tão ecuménico quanto ao respeito por todas as religiões.

Mas eu não vou aqui falar de dados, pois estes números estão já em tantos sites disponíveis na informação deste vídeo.

O que mais é terrível, muito além dos mártires que todos os dias, são sujeitos a atrocidades perante o silêncio de todos, é que Cristo está a ser arrancado da nossa sociedade. Por vezes, atrás dessa perseguição violenta, há também uma perseguição velada e politicamente correta.

Quantas vezes Cristo é flagelado com as blasfémias e filmes e séries que debocham da pessoa histórica de Jesus, Maria e Deus, com o rótulo de “liberdade religiosa”. Aqui Jesus é cuspido e insultado como o foi quando estava diante dos seus algozes.

Jesus é coroado pelos espinhos dos pecados cometidos, estes pecados que o nosso mundo moderno tenta dizer que não existem, pois Deus tem de se adequar aos novos tempos e modas da humanidade… O pecado de antigamente já não o é hoje porque o ser humano é que sabe o que é certo e errado, e quem é Deus para estabelecer esta fronteira entre o bem e o mal?

Quantas vezes, Jesus carrega a cruz destas perseguições e blasfémias, enquanto muitos fingem não ver, com medo de serem perseguidos e minados pelas correntes das ocupações quotidianas e do cada qual no seu mundo de escolhas conforme a consciência determina.

E Jesus é pregado na cruz das nossas escolhas. Ali na Cruz, Jesus é imobilizado para que possamos seguir no caminho da busca da felicidade e prazeres materiais. As mãos de Jesus pregadas para que as nossas “lavem-se” pelas indiferenças, pelas injustiças que nos passam ao lado. Os pés de Jesus estão pregados para que os nossos não preguem o seu Evangelho, pois é “proselitismo” falar do Evangelho de Jesus e buscar que outros se santifiquem com o seu Caminho, Verdade e Vida.
  
E finalmente Jesus morre na Cruz, quando a fé cristã é tirada da sociedade, dos seus lugares públicos em nome do respeito pelas outras denominações religiosas ou para não ofender os ateístas ou os que odeiam os ensinamentos cristãos.

Jesus é retirado morto da cruz quando finalmente é colocado nos braços da sua Mãe Santíssima quando nestes últimos tempos, as inúmeras aparições de Nossa Senhora falam-nos que o último refúgio é o Imaculado Coração de Maria, a oração do Rosário, a Eucaristia e o verdadeiro Magistério da Igreja Católica.

E Jesus está a ser levado para o sepulcro às pressas, pois o mundo precisa de dedicar às festas pagãs e cultos que divinizam o ser humano como senhor da sua própria vida, em que o sucesso e o poder monetário é o que realmente importa. Há que beber e comer, pois é isto que se leva da vida. Que me importa a alma, pois é o corpo que tenho de alimentar e saciar com os prazeres desta vida, pois se Jesus está sepultado no coração, e se Deus já foi morto ou foi requalificado como uma divindade mais aprazível, há que viver esta vida, amontoar tesouros nesta terra, que de resto nada mais nos resta.

Jesus está agora a ser sepultado na nossa sociedade, sim. E são poucos os que ainda desejam prestar-lhe as últimas homenagens. No Evangelho, está bem claro, que eram poucos os que lhe preparam um digno sepulcro, que seguiram até onde estava sepultado e aguardaram com fé, a Ressurreição. E realmente são poucos os que abertamente divulgam a sua fé, apesar da indiferença, risadas e escárnios do mundo materialista que se alvoroça em ideologias novas sem comprovação científica em busca de dar tudo o que deseja ser e viver, cada ser humano, mesmo que contra a sua própria natureza biológica e para além da racionalidade. Faca tudo o que lhe apetece e seja feliz, pois Jesus está a ser retirado da vida humana e está prestes a ser sepultado.
Até mesmo os que se diziam ser seus devotados apóstolos estão escondidos no cenáculo com medo da perseguição.

As negações de Pedro e a traição de Judas pairam nos horizontes do sol que se põe na vida da humanidade. É o último dia da semana, convém que a “páscoa humana” das crenças moldadas pelas atuais mentalidades seja festejada. Aquele Jesus que jaz no sepulcro falou-nos de um Deus não muito aprazível ao que desejamos ser e ter neste mundo. Precisamos nos adequar aos novos tempos, sempre mais e mais, reinventar novas formas de “ser feliz”. O paraíso de Cristo, da Vida Eterna com Deus, o salvar a alma não nos serve agora…

Porém, a morte chega a todos, e nesse momento de interrogação humana, que muitos dizem ser o fim de tudo que importa, talvez não o será, e provavelmente será a realidade mais certa pois um Deus não nasceria entre nós, não se deixaria morrer por nós na cruz se não fosse realmente real esta verdade da vida além da morte, e esta sim, a verdadeira vida, a vida que será efetivamente eterna que só em Deus será plena e feliz, à qual só entram quem usar a porta estreita da vida conforme os caminhos de Cristo e dos Mandamentos de Deus. 

Na morte congelam-se as vontades naquilo pelo qual lutaram e acreditaram, deparando-se diante do inferno que é a ausência de Deus ou seu repúdio, escolha humana cristalizada pelo livre arbítrio de cada um.


Este texto foi baseado no relato da Paixão e Morte de Jesus nos Evangelhos, e tendo em consideração a perseguição religiosa aos cristãos nas suas diversas modalidades.

Partilho convosco alguns links sobre este assunto na atualidade:



youtu.be/fdeX3991fBQ